Essa semana decidi que deveria fazer uma postagem sobre cinema, mas não como as de costume sobre os filmes em cartaz, e sim de forma mais simples, sobre as cinco indicações de curta-metragem de animação ao Oscar. Embora o vencedor seja o fruto da Disney, Paperman, achei que seria interessante indicar três dos meus prediletos a prêmio, afinal, é sempre bom ter alguém para opinar sobre um filme que você possa ver no final de semana. E o melhor dos curtas-metragens é que como o nome já diz são bem curtinhos, não tem nem diálogo e são encontrados no youtube mesmo. Nesse caso, além de curtas, são animações, confesso que
3° lugar: Heads over Heels mostra a história
de um casal que apesar de terem passado anos e mais anos casados, acabaram em
uma convivência desconfortável, vivendo vidas paralelas dentro da mesma casa,
inusitadamente ele no chão e ela no teto –ou vice e versa, depende do ponto de
vista. À primeira vista o filme soa
quase ridículo a quem se finca a realidade (sim, eu realmente julguei de
inicio o curta como “sem pé nem cabeça”, como diz minha mãe.), mas ao fim
você percebe que na verdade ele não cobra nada mais do que um ponto de vista
mais sentimental, por assim dizer. Heads over Heels mostra de forma
oculta um relacionamento e suas dificuldades e que podem vir depois de muito
tempo, mas por maior que sejam não quer dizer que não podem ser enfrentadas. Um
lado negativo é que acredito que a história foi mais prolongada do que deveria
ter sido, e a inicio se demonstra bem entediante. Porém vale à pena assistir
até o final.
2° lugar: Muito
embora seja o vencedor do Oscar, Paperman, mantêm-se no segundo lugar
na minha humilde opinião. Assisti o curta no dia da premiação, deixando-me
encantar por todo aquele brilho que a Disney tem o costume de liberar por meio
dos seus filmes. A história simples de um solitário rapaz que cruza
acidentalmente com uma linda garota em uma estação de trem e que quando a
reencontra faz de tudo para chama-la atenção usando a imaginação e uma pilha de
papéis de trabalho, é definitivamente adorável.
O que soa clichê se torna algo encantador quando a “saga” do tal rapaz
começa a ser engraçada e amável. Um dos charmes do curta está no fato de que é
inteiramente em preto e branco, carregando um pouco dos traços relaxados de um
desenho. Ainda que seja uma graça Paperman encontrou um concorrente de
peso, na minha opinião.
1° lugar:
Perdoe-me Paperman, mas Adam
and Dog merecia de longe o premio de melhor curta-metragem de animação.
O filme traz um assunto um tanto inusitado, contando a história do primeiro cão
do mundo, perdido no jardim de Éden onde se torna finalmente o melhor amigo de
Adão. Toda a emocionante história do
cachorro e sua grande afeição por Adão até o ocorrido futuro deixaram-me com
lágrima nos olhos. Tenho um derretimento extraordinário por animais e
especialmente cães. Já tive seis companheiros desses na vida e pude lembrar de
todos assistindo o curta. À cima de qualquer enredo o filme mostra a magia por
trás da mais pura relação de amor que pode haver que é a de um homem e um
cachorro. De uma forma ingênua e genuína o filme é completamente deslumbrante,
não pelo jogo de imagens, não pelas nuances que se destacam no jardim de Éden e
sim pela mensagem que traz. No fim, eu estava chorando e apaixonada pelo filme.
Adam
and Dog deixa claro uma grande verdade sobre qualquer cão, com uma raça
ou sem uma raça definida, não importa quem você seja ou o que você faça de ruim
para qualquer pessoa, ou mesmo para ele, nem se você compra a melhor ração ou
deixa ele dormir no seu quarto, ele ainda vai te defender, vai estar do seu
lado quando você estiver sozinho, ele vai perceber quando você não estiver bem,
e antes de qualquer coisa ele vai te amar da forma mais pura e sincera. Isso tornou
Adam
and Dog ainda mais especial.
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