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Seriando: Glee


Há um tempo estava pensando em fazer um especial no blog com dicas de séries que eu assisto ou já assisti e a melhor época para isso seria agora, durante as férias nesses dias de tédio. Eu já tinha até um post pronto, de uma das minhas séries prediletas, mas devido aos últimos acontecimentos trágicos eu mudei meus planos e decidi fazer uma resenha sobre uma série que já foi uma das minhas prediletas, mas confesso que nos últimos tempos eu praticamente não assistia mais, por dar preferência a outras que eu conheci depois. E embora eu não goste muito da última temporada, Glee sempre terá um lugar especial no meu coração.
Provavelmente já sabem o motivo de eu ter decidido falar dela neste primeiro post, porém minha história com Glee não é recente. Eu comecei a assistir no meado da segunda temporada, impulsionada pela minha irmã mais nova, que na época em que a Globo começou a passar (no sábado, de manhã), ela acordava cedinho toda semana só para assistir.
Depois os episódios passaram a ser de madrugada e foi aí que assisti pela primeira vez. Enfim, o primeiro episódio que assisti, se não me engano foi o segundo episódio da segunda temporada (na Fox a série estava mais adiantada). Eu lembro claramente de que foi amor à primeira vista e de ter ficado com lágrimas nos olhos na interpretação da Rachel (Lea Michele) de The Only Exception (Paramore), então eu estava definitivamente arrebatada, e o episódio seguinte me conquistou ainda mais, principalmente com o Kurt (Chris Colfer) cantando I Want to Hold Your Hand (The Beatles <3). Logo eu passei a assistir a série pela internet, já que a dublagem da Globo era péssima e eles cortavam algumas partes dos episódios ou pulavam, e então eu estava completamente viciada em um musical –eu sempre abominei musicais-, e na minha primeira série –eu nunca tinha realmente acompanhado uma série antes disso.
Bem, Glee é uma série do Ryan Murphy, que envolve drama, humor e critica social, dentro da escola mostrando todos esses desafios que os adolescentes tem de enfrentar com opção sexual, gravidez na adolescência, má condição financeira, bullying, e coisas do tipo sempre focando nos alunos que formam o Glee Cast, do professor Will Schuester. Sem contar que ainda tem a professora Sue, que é completamente contra o coral e demais movimentos artísticos. Além disso, sempre sonhando com o pódio em diferentes circuitos de show choirs.
Pode parecer meio chato dizendo assim, mas é bem diferente do que se imagina. Uma primeira qualidade de Glee, e que ao invés de ser como aqueles musicais, nos quais tudo é dito em música, eles fazem apresentações, particulares, nas aulas do clube, ou em diferentes lugares, apenas como forma de expressar sentimentos ou outros motivos. E nada de músicas criadas, na maioria das vezes são músicas que estão nas paradas ou sucessos antigos, sempre aquela que se encaixar melhor com o momento. Além disso, Glee não trata de assuntos polêmicos da adolescência com aquela artificialidade que programas de TV costumam passar, e sim de forma tão natural que acabamos dentro da história, nos identificando com os personagens. E cada caso na vida de cada aluno é representado de uma forma que toca nosso coração (mas que clichê isso, mas é verdade, acreditem.). Glee faz com que olhemos o mundo com outros olhos de uma maneira muito genuína. É tragicamente apaixonante, emocionante e divertida. Não tem como não viciar. Confesso que a série caiu um pouco o meu conceito com a quarta temporada e eu muito pouco assisti, acho que apenas por uma certa antipatia com a entrada de novos personagens e as mudanças bruscas (que tinham de acontecer).

(Uma das primeiras performances do "Novas Direções", com Don't Stop Believin')

Apesar disto Glee ainda tem um significado extremamente especial para mim. Eu ainda tenho minha antiga paixão pelos personagens Rachel Berry e Puck. Mas confesso que desde o começo da série quem me conquistou mesmo foi um certo gigante, burrinho, desengonçado e gordinho. Toda vez que lembro agora, preciso segurar o choro, como estou fazendo, só por lembrar que ele não vai estar mais lá, com aquele sorriso infantil e aquela carinha de criança que eu tanto gostava. Finn chegou a ser um principie encantado para mim, ele era incrível e de longe uma das vozes mais poderosas do coral. O amor foi tanto que chegou até o ator, Cory Monteith, e eu virei imediatamente fã, com fotos no computador e biografia decorada. E agora dói muito pensar que ele teve de ir tão cedo.
Desde o dia 13 eu choro toda vez que lembro das vezes que ri com ele, ou que me emocionei, da minha euforia assim que estive completamente apaixonada pelo personagem e por ele. E tudo nele era conquistador. Cory era um anjinho com seus problemas que eu só rezava para que ele pudesse superar. Quando ele assumiu o namoro com a Lea então, foi só felicidade, eu amava ele, e amava os dois juntos. Até imaginava quando eles casariam ou teriam um filho. Infelizmente não houve tempo, ele foi levado antes de nós, e o momento em que li a noticia sobre a morte dele, da forma mais crua e brutal que eu poderia saber, eu vou lembrar por muitos anos. É uma dor imprescindível que ainda não passou e acho que nunca vai passar. Embora eu não conhecesse Cory pessoalmente eu conhecia o bastante da pessoa maravilhosa que ele era para sofrer tanto com a morte dele.
E agora só me resta agradecer a todas as risadas, felicidades e emoções. Obrigada por ter feito parte de um ótimo momento da minha vida, obrigada por ter existido. Ainda está doendo tanto, mas eu sei que uma hora vai passar, e Cory não gostaria de ver ninguém chorando. Nunca irei me esquecer dele, e eu já sinto falta daquele sorriso, e sei que essa saudade só vai aumentar. Mas um dia, todos nós vamos nos encontrar. Por enquanto fica um até logo.

Obrigada por tudo, Cory!

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